sábado, 1 de janeiro de 2011

Devaneio


 24 Horas, por vezes parece uma eternidade, outras um segundo, ultimamente têm me parecido todas um segundo; há 24 horas estava a fazer os preparativos para a grande passagem de ano, agora, 24 horas, é quanto falta para regressar ao tormento das aulas. Exames, Frequências e inúmeros trabalhos que ainda tenho de fazer, aniquilam o resto dos neurónios, que por sua infelicidade, sobreviveram a uma noite de pura loucura. Escrevo, sem vontade de olhar em frente, sem conseguir erguer a cabeça e gritar que sou capaz, sem ter a audácia de bater o punho cerrado na mesa e admitir que não tenho alternativa, sem ter receio de ir em frente e lutar contra esta put* de vida. Fernando Pessoa afirmou uma vez que escrever é esquecer e que a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida, e se assim é, não quero parar nunca mais de escrever. Escreverei até perder o sentido da vida, até as palavras se interpenetrarem, até os sentimentos se extravasarem, até deixar de ter noção do que escrevo, atingindo finalmente o tão desejado apogeu da minha vida, que tanto anseio.